Certa ocasião, estando passeando numa cidade turística - assim se assume tal cidade e tem todos os predicados para tal, em busca de um certo atrativo do qual eu sabia o nome da rua, seu endereço, parei junto à praça e perguntei a um rapaz que ali estava: por favor, onde fica tal rua?
Sua resposta foi pura água fria!
Não só por não ter ajudado em nada, como pela decepção de assistir uma atitude daquele tipo. Foi uma resposta simples e que poderia-se dizer óbvia: é só olhar as placas nas ruas e ver o nome desta aí.
Assim. Dá para acreditar? Eu fiquei pasmo pela má vontade, estupidez da atitude e pela sua falta de conhecimento da realidade da sua cidade. Afinal, onde achamos hoje em dia cidades com sinalização dos nomes das ruas nas esquinas?
Lembro de quando, ainda criança, isto era o mínimo. Até mesmo o morador da esquina, se a placa não existisse, dava alguma solução para o fato, mesmo caseira. Toda a esquina da minha cidade tinha uma placa com o nome da rua e significado ou histórico do titular daquele nome. E eu não morava numa pequena cidade não. Eu me refiro à Porto Alegre. Mas sei que na ocasião todas eram assim.
Hoje em dia a realidade é bem outra e muitas ruas não tem placas de sinalização com seus nomes. Até as placas de trânsito, tão necessárias e obrigatórias, que atuam na segurança do trânsito, são figuras não tão presentes quanto se gostaria.
Ano passado algumas cidades do litoral de Santa Catarina fizeram uma parceira com uma operadora de Cartões de Crédito para que esta patrocinasse a sinalização turística. E constatei que a operação foi realizada, as placas foram colocadas dentro dos padrões internacionais. Fica apenas o estranho de que estas cidades não tinham uma sinalização turística antes disto.
Agora, mais aparelhadas então, elas já possuem as placas turísticas. Mas resta ainda uma pequena questão: muitas de suas ruas não tem uma placa para indicar seu nome. Agora vejamos: eu chego à região, à cidade, à praia (bairro) que é meu destino, é onde está a pousada em que vou me hospedar. Mas e agora, onde eu encontro a rua? Ou melhor, qual de tantas ruas é a que eu procuro se não há placas indicando seus nomes?
A patrocinadora bancou a sinalização turística. Muito bom! E quem deveria bancar a sinalização local? Pelo menos, de quem é a incumbência de fazer com que exista? A primeira me leva à cidade, ao bairro, isto é muito positivo. E chegando lá então eu fico perdido. Ou seja, fico desorientado ao menos muito próximo do meu destino. Isto já é um alento. Não é mesmo?
Brincadeira a parte, a questão é de segurança, é de trânsito, é de respeito com o cidadão, é turística, é econômica. Só falta agora ser assumida como uma questão da administração das cidades.
A motivação ou inspiração para este post sobre sinalização turística chegou via e-mail de Mogi das Cruzes/SP. No entanto, pelo teor de e-mail, o cidadão levanta a questão da sinalização em muitas cidades de forma generalizada.
"O município que valorizar a fixação de placas, indicando a direção de seus bairros, distritos, entradas da cidade, saídas para rodovias, indicação dos principais pontos e instituições de prestação de serviços públicos e com placas denominativas afixadas nas esquinas das suas ruas, estará favorecendo a todos: moradores e visitantes." Palavras de Monsueto Araujo de Castro, via e-mail.
Interessante agora é que, ao ter de definir um marcador para este post, me ocorreu apenas Qualidade no Atendimento. E me parece que acertei em cheio! Afinal se não há placas, o simples fato de aquele rapaz não querer informar a rua em sua cidade, passou de um péssimo atendimento seu e foi até a alçada da cidade. Esta, já na sua base, peca pela falta de qualidade.
Viageiro
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